O ano era Mil novecentos e oitenta e sete
A professora ainda era Tia, carinhosamente
Chega para a aula e pede uma redação
Naquele momento senti algo em meu coração
Não estava acostumado a escrever
Não tinha idéia sobre o que escrever
Tema livre . . . ela avisa
Pavor . . . a mente vazia
De repente comecei a rabiscar
Um texto começou a se formar
O título?
Balão Musical . . . . . .
No dia da correção . . . a bronca era esperada
Mas recebi apenas elogios . . . estranhados
Foi neste dia que tudo começou
A veia artística despertou
Estilo . . . eu não tenho
Escola literária . . . também não tenho
Rimas nem sempre bem feitas
Mas descobri que tinha um dom
Não escrevo por dinheiro
Não escrevo tentando mudar o mundo
Escrevo porque gosto
Escrevo apenas o que sinto
Escrevo . . . pois estou vivo
Tenho em meu peito um coração
Inundado de sentimento
Transbordando de emoção
Tudo se transforma em inspiração
Escrevo o que os olhos da alma vêem
Escrevo aquilo que o coração traduz
Escrevo sobre a vida
Escrevo sobre o amor
Escrevo sobre o amor
Escrevo sobre a dor
Escrevo sobre amigos
As vezes . . . para a vida
As vezes . . . para o amor
Raramente para a dor
Sei o que é Amor
Abandonei de vez o rancor
Sinto meu peito pequenino
Sinto quase que um menino
Tamanho é o sentimento
Que já transborda com carinho
Já faz algum tempo que comecei
O fim . . . eu jamais saberei
Mesmo que não exista mais papel
Mesmo que acabe a tinta, o grafite
Existindo beleza ao mundo . . .
Correndo sangue em minhas veias
Um coração sempre batendo
Esse sentimento abundante
Estarei firme . . . transmitindo
Sempre uma mensagem de conforto
Através da linguagem da alma
Através da magia do Amor.
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