sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Manifesto Contra o Erro 02

          Dia 20 de novembro se transformou em um dia muito especial, muito importante para o povo brasileiro e principalmente para a comunidade negra, pois neste dia há mais de 300 anos morreu um legítimo herói da pátria, seu nome? ZUMBI DOS PALMARES. Você sabe quem foi Zumbi, onde ele viveu, o que fazia? Não? Então leia com muita atenção as linhas abaixo, pois este homem, membro de um povo sofrido, humilhado e escravizado, um valente negro foi tão importante que o dia de sua morte se transformou em DIA NACIONAL da CONSCIÊNCIA NEGRA.
         Zumbi foi um homem que lutou bravamente pela liberdade. Não só pela própria liberdade, mas pela de todo e qualquer cidadão tenha tido este direito “confiscado” pela escravidão. Organizou um movimento de fuga e fundou aquele que seria o mais importantes dos quilombos ( “fortalezas” que abrigavam principalmente negros que fugiam da escravidão, mas também índios e até mesmo homens brancos pobres sem destino certo), o QUILOMBO DOS PALMARES, uma verdadeira cidade independente que devolveu a dignidade e a liberdade aos negros que fugiam da força do chicote do feitor.
         O sentimento de liberdade tinha tanto valor para Zumbi que quando o quilombo foi invadido por capatazes de grandes fazendas que queriam levar todos de volta para o tronco, lutou bravamente para não ser capturado mas foi cercado e brutalmente assassinado. Zumbi morreu lutando pela liberdade, morreu em nome de sua liberdade e ficou mais livre do que nunca.
         Zumbi dos Palmares o nome da liberdade, maior líder negro do país chefiou o quilombo mais organizado das Américas que se tem notícia. Rei absoluto dos quilombolas livres morreu assassinado em uma emboscada mas sua história permanece viva até hoje.
         Salve o dia 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra. Zumbi condensa as melhores virtudes de nosso povo, por isso é história e mito, as sementes daquelas palmeiras foram espalhadas e certamente estão profundamente arraigadas em nossa subjetividade coletiva. Somos, de alguma forma, todos palmarinos, lutadores que não perdem jamais a esperança de vencerem a batalha e de um dia ver um mundo melhor, onde as pessoas serão julgadas pela sua capacidade de realização e não pela cor da sua pele.

  
         Declaramos nosso direito
         A esta terra
         De sermos respeitados
         Como seres humanos 
         De sermos tratados homens
         Como seres humanos
         De ter nossos direitos
         Como seres humanos
         Nessa terra
         Neste dia
         No qual pretendemos trazer à existência
         Por qualquer meio necessário.
                                                           (Malcolm X)



Seja consciente, sua mente pode ser
a salvação