quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Reflexões para 2010

Bom, hoje estou indo.... as férias começam e é também o último dia de conectividade, por isso hoje escrevo minhas reflexões para o ano de 2010.

Sinto que assim que o ano novo chegar, não serei capaz de conter as lágrimas. Chorarei baixinho o choro do ano novo que se inicia. Seguirei o ritual que já é tradição na família e amigos mais próximos: abraçarei as pessoas que amo... pularei as sete ondas... comerei lentilha e uva à beira mar... conversarei com minha mãe Yemanjá e farei uma oração. Neste exato momento, o ano de 2009 ficará para trás, e junto com ele minhas angústias, decepções, frustrações, sucessos, realizações, conquistas e objetivos.

É um novo ano que se inicia e junto com ele elaborarei novidades... quero novas angustias, novos planos, novos objetivos, novas frustrações e decepções.... uma mala repleta de novo para o ano novo, deixarei de lado os pesos desnecessários. Só levarei o que for usar, e emprestarei da vida aquilo que eu precisar.

No meu momento a sós, dentro do mar a meia noite, minhas lágrimas serão as lágrimas que lavam a alma e levam embora o que era ruim, serão lágrimas da saudade, saudade daqueles bons momentos que vivi ao longo do incansável e quase interminável ano de 2009. Neste meu momento darei uma olhadela para o futuro, consciente de forma plena e convicta que o futuro depende deste meu presente. Sabendo disso, comporei músicas, escreverei poemas e viverei uma vida com mais amor.

Em primeiro de janeiro de 2010, não mais usarei o verbo no futuro. Terei o compromisso para comigo mesmo, de ser feliz a cada instante que me for dado de vida.

Sim... viver a vida com alegria como se não houvesse outro dia.... a vida deve ser vivida com a memória do passado que nos ensina, um olhar no futuro que nos espera mas com o corpo todo, alma e coração no presente.

Hoje me olhei no espelho pra fazer a barba para viajar... vi que já possuo algumas rugas... meus cabelos outrora pretos como a noite já possuem vários fios brancos (hereditariedade é fogo.. papai que o diga) Meus dentes são perfeitos... o que me lembra uma época em tese distante quando eu tive um sorriso de metal... Vejo meus brincos, retratos de minha personalidade... da minha força de lutar pelo que quero e acredito ser real, puro e verdadeiro. Meus olhos pretos como a noite... necessitam da ajuda constante de lentes... fatos da vida... mas não reclamo não, faz parte do show... do show da vida! Minha pele é negra, da cor da noite e como disse o poeta filho de todo açoite ostenta uma bela tatuagem no braço direito de um orixá que me protege 24 horas por dia. Pois é.... esse sou eu... sou assim! Dentro do meu ser existem sentimentos uns ainda em forma de turbilhão e outros já esclarecidos... sou um ser humano que acredita no amor, na amizade, na compreensão, no diálogo, na sinceridade, nos sentimentos puros... ainda acredito no SER HUMANO.

Em 2010 completarei 33 anos de existência terrena... uma existência recheada de experiências, de conhecimento, de vida e ainda guardo aqui dentro sonhos, amores e desamores. Rabiscos e certezas. Palavras que contradizem o meu entendimento.

Naquele momento em que as lágrimas estiverem caindo, serão lágrimas que me purificarão, me trarão à condição de ser humano e deixarão minha alma pronta pra viver o novo ano, me trarão a condição de quem a cada dia que passa, vive, e faz dos seus dias, uma eterna poesia.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Desejo.....

Desejo que a brisa suave não apenas te encontre mas suspire carinho ao te tocar...

Desejo que o brilho do sol não apenas te ache,mas traduza o incendiar de uma pele...

Desejo que sal e mel fundem-se sendo o beijo mais doce e a emoção de uma lágrima...

Desejo que arranjos de uma melodia cadenciem as batidas de um coração sincronizando o almejado encontro de almas...

Desejo que um arco-íris de sensações e sentimentos preencha o abismo que impossibilita tal encontro de metades...

Desejo que possamos ao sabor do vento, sob o sol, nutridos por este sal e mel e ao tom da melodia desvendar, superar e desfrutar do que a vida ainda nos reserva...

Que seja uma eternidade para descobrir o que seja...

Que sejam anos para buscar onde encontra-se

Que sejam dias para esperar que possa acontecer

Mas que seja um intenso instante de felicidade que recompense vidas de busca...

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Eu Sou....

Eu sou o que aquece a pele como sol de verão

O que torna como a madrugada invernal a espinha gélida...

Essa força que brota do interior como lavas de um vulcão em erupção e essa serenidade que habita a alma como mar em calmaria....

Eu sou a imensidão a preencher-te por inteiro

E abismo que esvazia-te completamente pela ausência...

Posso ser rápido para fazer-te viajar e percorrer o universo num segundo ou excessivamente lento para perdurar pela eternidade...

Eu sou a brisa leve que arrepia teu corpo, mas posso ser tornado e envolver-te num todo..

Eu sou como escultor ao percorrer-te e desenhar teu rosto no carinho de minhas mãos e mágico ao desfigurá-lo ao despertar de uma simples emoção...

Eu sou o sabor mais doce como mel em seus lábios, mas também posso ser sal na emoção de suas lágrimas...

Alto ao levar-te as nuvens e raso ao deixar como pegadas na areia marcas de saudades...

Eu sou a lucidez que te guia ao meu encontro e a inconsciência que se faz presente em cada um dos teus sonhos...

E sou seus sonhos mais lindos e caminho no melhor ritmo e som: o do coração...

Iluminado sou pela mais bela das luzes: a da alma

Sou mais que alguém disposto a conquistar-te...

Sou o resto de ti mesmo buscando completar-te...

Estado de Espírito

Sentimentos confusos

Minha mente, minha vida, meu coração

Estamos chegando ao final

Mais um ano...

Muitas conquistas...

Realizações....

Frustrações...

Dilemas....

Vivo cada dia como um novo dia

Sigo firme na caminhada

Não sei ao certo onde chegar

Não sei ao certo onde quero chegar

Mas sigo andando

A estrada é longa

Armadilhas...

Encruzilhadas....

Becos, vielas....

Desvios....

Talvez seja assim

Vida... confusão... indecisão

A verdade é que não sei....

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Verdade

Não seja o centro da vida

Ao se encontrar triste e sozinho

Pare . . .

Deixe o tempo decidir o que te provem

Se desejar . . . chore

Não sinta dó de si mesmo

A maior realização de um homem é cair . . .

E poder levantar

Lembre que ao você ensinar alguém a voar

Esta te ensinará a jamais voltar ao chão

Não se desespere perante seus problemas

Pois são eles que te farão homem

Ninguém poderá te salvar . . .

Mas um amigo pode te amparar

Se procurar e não encontrar

Nos momentos de maior dor . . .

Lembre que nestes momentos, alguém

Te carrega no colo

Não se esqueça jamais que muitos te amam

E que você é de suma importância para o mundo

Não sinta vergonha de buscar ajuda

Sinta vergonha sim . . .

De não ir procurar o que te pertence!

Frustração

Estou triste, muito triste

Num suspirar desprendo minha alma

Sinto-me como se alguém partisse

Vivo muito só na multidão

E o anoitecer traz em seu manto muita solidão

Sinto que tenho muito amor pra dar

Mas talvez por incompreensão

Sou levado sem razão a guardar a insatisfação

E ver a dissolução de um grande amor

Nunca me senti amado

Na verdade mais um pobre coitado

Que só a beleza era visada

Que mesmo sem exibir nada

Nem um singelo amor pôde Ter

Sinto-me só

Não sei se amor eu busquei

Sei que nunca fui amado

E se fui, foi pela pessoa errada

A quem nunca me dediquei

E pensar que me entreguei

A alguém que não me enxergava

Se eu tivesse escrito na testa

Todo o amor que transpirei

Meus olhos em lágrimas revelam

A amargura que transborda

Até minha sensibilidade chora

A dor da solidão que em vão

Aperta minha garganta, tal qual uma corda

Os dias vão como um passo lento

As ilusões se desvanecem

Cai o manto negro que entristece

Há se inverter os papéis eu pudesse

Não saberias se conter

Com tanto amor a receber.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Aquela procura

Procura-se
O brilho de uma alma capaz de cegar os olhos do egoísmo e iluminar a vida

Procura-se
O pulsar de um coração para ensurdecer a solidão e melodiar todo o meu ser

Procura-se
A espontaneidade de um sorriso suficientemente forte para desmoronar a frieza de qualquer coração, porém intensamente sublime para cadenciar suas batidas.

Procura-se
O ecoar de uma voz, que não fale por si, mas apenas traduza o dizer de alma e coração.

Procura-se
Alguém disposto a mostrar-se verdadeiramente, que aprecie o sentir, que não tema o agir e o viver e orgulhe-se do emocionar.

Procura-se
Um ser para completar, dividir e encontrar o encaixar de duas almas sincronizando os corações

Procura-se
Alguém que desperte o sorriso que desmorona, que seja capaz de descompassar o peito e iluminar a alma, fazendo escapar dos lábios um clamar por ti, preciso encontrar-te resto de mim, venha fazer-me entender e viver a felicidade para que eu possa amar e completar-me.

Em nome de tudo isso pelo qual clama minha alma: procuro-te
Se estás verdadeiramente disposto a amar ou pelo menos permitir-se deixar levar por puramente emoção, alma e coração:
Acha-me.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Desejo de vida

Na vida . . . não almejo muito
Da vida . . . não quero muito
Quero viver bem
Trabalhar quando é hora de trabalho
Sorrir quando é hora de diversão
Quero realização profissional
Quero realização pessoal
Na vida não desejo muitas paixões
Da vida . . . não quero muitos amores
Quero uma única mulher
Que me dê carinho
Que aumente minha alegria de viver
Que divida comigo todos os momentos
Quero uma única mulher
Que me faça companhia
Que me abrace com sinceridade
Que me olhe com ternura
Quero uma única mulher
Que me aqueça nos dias frios
Que me refresque nos dias quentes
Quero uma única mulher
Que eu possa confiar
Falar dos meus problemas e segredos
Quero uma única mulher
Que goste de ver o por do sol
Que goste de ver o nascer da lua
Quero uma única mulher
Que no verão
Caminhe ao meu lado à beira mar
No por do sol, sentindo a brisa soprar
Quero uma única mulher
Que no outono
Aprecie o vai e vem do bailar das folhas secas
Na canção do vento a assobiar
Quero uma única mulher
Que no inverno
Divida o cobertor e o chocolate quente
Num abraço tenro e aconchegante
Quero uma única mulher
Que na primavera
Sinta o perfume das flores pelo campo
E sorria com a revoada dos pássaros
Afinal . . . na vida não almejo muito
E da vida . . . não quero muito
Quero apenas ser feliz.

Verdade

Não seja o centro da vida
Ao se encontrar triste
Ao se sentir sozinho
Para . . .
Deixe o tempo decidir o que te provem
Se desejar . . . chore
Não sinta dó de si mesmo
A maior realização de um homem é cair . . .
E poder levantar
Lembre que ao você ensinar alguém a voar
Esta te ensinará a jamais voltar ao chão
Não se desespere perante seus problemas
Pois são eles que te farão homem
Ninguém poderá te salvar . . .
Mas um amigo pode te amparar
Se procurar e não encontrar
Nos momentos de maior dor . . .
Lembre que nestes momentos, alguém
Te carrega no colo
Não se esqueça jamais que muitos te amam
E que você é de suma importância para o mundo
Não sinta vergonha de buscar ajuda
Sinta vergonha sim . . .
De não ir procurar o que te pertence!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Count On Me

This song performed by Whitney Houston is for a new old friend I have
Sugar this is for you...


Count on me through thick and thin
A friendship that will never end
When you are weak, I will be strong
Helping you to carry on
Call on me, I will be there
Don't be afraid
Please believe me when I say
Count on....

I can see it's hurting you
I can feel your pain
It's hard to see the sunshine through the rain oh
I know sometimes it seems as if it’s never gonna end
But you'll get through it just don't give in

Count on me through thick and thin
A friendship that will never end
When you are weak
I will be strong
Helping you to carry on
Call on me I will be there
Don't be afraid
Please believe me when I say (Please believe me when I say)
Count on....(You can count on me, oh yes you can, ahhh)

OhhhI know sometimes it seems as if we're standing all alone
But we'll get through cause love wouldn't let us fall

Count on me through thick and thin (...count on me...I’ll be there)
A friendship that would never end (Friendship that... will never end)
When you are weak (You are weak)
I will be strong (I’ll be strong)
Helping you to carry on (Helping you...carry on)
Call on me I will be there
Don't be afraid
Please believe me when I say count on (Please believe me when I say)
(Count on )

There's a place inside of all of us
Where our faith in love begins
You should reach to find the truth in love
The answers there within, ohhhh
I know that life can make you feelIt's much harder than it really is
But we'll get through it (we’ll get through it)
Just (just) don't (don’t) give in...

Count on me through thick and thin (count on me)
A friendship that would never end (It will never end)
When you are weak (You)
I will be strong (I’ll be strong...)
Helping you to carry on
Call on me I will be there (call on me...i’ll be there)
Don't be afraid (Don't... be afraid now)
Please believe me when I say
Count on... Count on... Count on me...
Ohh yes you can,
I know I can,
Sure I can,
So glad I can,
So glad I can,
Count on me

sábado, 20 de junho de 2009

Simples Poema

Estou me sentindo só
Terrivelmente só
Há muito não me sentia assim
Já havia até me esquecido
De como é ruim
Amigos? Sim, tenho
Amor? Sim, tenho
Pais? Sim, tenho
Irmãos? Sim tenho
Não sei o que está acontecendo
Não sei o que me aborrece
Só sei que me sinto só
Numa solidão que machuca
Pois estou rodeado de pessoas
Todas conhecidas, gente amiga
Mesmo assim me sinto só
Tenho vontade de chorar
Mas, não consigo
Tenho vontade de falar
Mas, não sei o que
Existe algo me afligindo
Existe algo me consumindo
Não sei o que é
Só espero não demorar a descobrir.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

O mundo

O que acontece com o mundo?
Vejo as pessoas
Cada dia mais frias
Cada dia mais distantes
Vejo algumas pessoas se amando
Juras de amor se acumulando
Sonhos se realizando
Todo mundo
A natureza agindo
Mas nem todos são felizes
Uma minoria vive . . . só
Admirando . . . as vezes . . . invejando
A vida passa . . . sonhando
Com um amor . . . distante
Assim como eu

terça-feira, 19 de maio de 2009

Tempo

O tempo anda o tempo todo
Todo o tempo sem parar
Vamos nós passando o tempo
Vivendo a vida intensamente
Crescendo sem parar
No tempo ontem éramos contentes
Brincávamos . . . crianças inocentes
De repente o tempo de responsabilidade
A adolescência trazendo descobertas
Ah . . . a faculdade
Tempo bom de viver
Se sentindo bem e se vendo capaz
De seguir em frente e prosperar
Um tempo pesado
Poucas vezes amenizado
Tempinho para a diversão, descontração, amizade
Tempo do papinho no corredor, choppinho, intimidade
Ontem o tempo era de rebeldia
Incertezas constantes o tempo todo
Hoje já quase sem tempo
A vida passa correndo
Atribulada de compromissos
Pois o agora é tempo de amadurecer
Viver o tempo hoje
Com base no tempo ontem
Para propiciar melhor o tempo amanhã.

Noite de Outono

Já é outono
A lua brilha no céu
Acompanhada de belas estrelas

As folhas estão amarelando
Logo, logo estarão caindo
E eu . . . estou sozinho

Me sinto bem
Um pouco estranho
Mas . . . bem

O frio bate forte
E a saudade aumenta
As vezes posso parecer triste
As vezes posso parecer infeliz
Mas não . . . estou apenas com saudade

Saudade do olhar
Saudade dos carinhos
Saudade dos beijos
Saudade do amor

Amor . . . que um dia senti
Um amor que foi bonito
Um amor que hoje
É apenas uma lembrança

Lembrança de cada momento
Cada anseio
Um amor que o tempo encarregou de apagar
Deixando apenas uma saudade

Nesta fria noite de outono.

domingo, 17 de maio de 2009

Lição de Vida

Eu acreditei nela Eu fui contra tudo Eu fui contra todos Eu . . . acreditei nela Eu sempre achei que ela fosse meio . . . Mas eu gostava dela Ela me fazia bem Quando ela dizia que me amava Eu delirava . . . . Eu adorava Eu era ingênuo Eu . . . acreditei nela Eu era sonhador Eu acreditava no que é direito Eu acreditava em um mundo perfeito Mas, ela se foi Como um lindo Castelo de Areia Que com o vai e vem do mar No dia seguinte se faz apagar Ela se foi Como um grande sonho Que se sonha em sonhar E que nunca se deve acabar Ela se foi O sonho acabou, nada restou Apenas gotas salgadas deslizando Sobre a face que um dia sorriu E que hoje chora Pois ela partiu. . . Que espécie de mulher é essa? Que entra na minha vida Se apodera dos meus sentimentos Me hipnotiza Me barbariza E vai embora Se apossa da minha vida Se torna meu destino Me ensina a Amar A ser amado Respeitado Idolatrado E depois vai embora Como a brisa campestre Esvoaçante pelo globo terrestre Ela se foi lenta e vagarosamente Sabendo que isso não seria intermitente. Ela se foi Desviando de todos os obstáculos que coloquei a ela Na minha inútil tentativa De não perder aquela Mas ela se foi Fazendo com que meu coração Se tornasse apenas um órgão Com uma única função Me manter vivo, batendo e sofrendo Lúcido, acordado por noites a fio Sofrendo Vivendo Querendo e não podendo Somente sofrendo Batendo Vivendo E sofrendo Não pude evitar de perguntar . . . Oh! Deus, não seria melhor tudo isso sem sofrimento? Mas ele se calou Não falou Não suspirou Apenas se calou Tudo bem . . . tiro a felicidade A alegria se necessário Mas acabe com minha tristeza Com esse escárnio E ele continuou calado Não respondeu Não se atreveu Do que me adianta a vida Se não puder gozar dos prazeres dela? Se eu não puder ir Se eu não puder vir Se eu não puder cantar Se eu não puder sorrir Se eu não puder Ser feliz Se eu não puder amar Se eu não puder sonhar Se eu não puder me divertir? Pare de sofrer meu coração Pare de se debater Eu já lhe causei muita dor Vamos logo, acabe com esse pudor Já é hora de você descansar Já é hora de você repousar E meu coração Bravo como um guerreiro medieval Forte como uma artilharia naval Ao contrário de Deus respondeu . . . A vida estava tão boa Quando ela estava por perto Quando tudo dava certo Se eu parar O sonho irá se encerrar E com certeza nunca Nossa grande ferida vai cicatrizar Tudo irá terminar. . . Mas se eu continuar. . . Quem sabe um dia Após um grande badalar Voltemos a sonhar? Somos fortes Vamos arriscar Nós ainda temos forças para lutar E foi assim Por opção do meu coração Que pude voltar a sorrir Voltar a viver Voltar a rir Voltar a crescer Voltar a sentir Voltei a apostar Voltei a acreditar Voltei a sonhar Voltei a me enamorar Quem sabe um dia desses. . . Eu também possa. . . Voltar a AMAR. . .

quinta-feira, 7 de maio de 2009

O Encontro

O dia amanhece, e como de costume, ao sair da cama Carlos abre a janela e dá bom dia ao dia. Um gesto simples, que quase ninguém faz atualmente, mas Carlos o faz todos os dias sem hesitar. Na cabeça pensamentos comuns de um rapaz comum, é domingo, dia de descanso, de jogar futebol, chamar os amigos e fazer um churrasco com pagode. Decidiu reunir a turma, foi então que se viu só em pleno domingo. Várias as desculpas, trabalho, filhos, esposa, cansaço, foram as mais ouvidas. Hoje, as pessoas estão cada vez mais ocupadas, isoladas, violentas, falsas, mentirosas.
Será? Será que o destino de todos é a solidão, a indiferença, a desconfiança? Será que os sentimentos bons estão realmente sendo esquecidos pelos homens?
Carlos passou o domingo pensando nas relações humanas e percebeu que seu singelo gesto matinal era uma bobagem, se sentiu estranho por estar feliz, em tempos modernos a felicidade não existe, ou melhor, felicidade é dinheiro no bolso. Como ele poderia ser feliz sendo um típico cidadão brasileiro, pobre, a pele escura, o rosto abatido pela vida dura . . . não ele realmente não podia se sentir feliz. O dia passou, a noite se anunciou e o sono chegou, é hora de dormir pois o dia seguinte é dia de trabalhar.
É segunda-feira, nem bem nasceu o dia e pela primeira vez na vida aquele homem levantou e foi direto para o banheiro, obrigações diurnas normais banho tomado, dentes escovados, roupa passada, tudo feito é hora de ir ao ponto de ônibus. Rotina das pessoas que vivem à margens da sociedade é assim, acordar cedo e sair de casa antes do sol aparecer, pegar uma condução cara e precária – o chamado GOL, “Grande Ônibus Lotado” – e dividir espaço com outros tantos na mesma situação, todos com cara fechada, semblantes carrancudos sem nem ao menos olhar para os lados. Carlos percebeu que estava certo, que havia tomado a decisão correta.
Durante o expediente não houve uma só pessoa que não tivesse notado a mudança, todos comentavam como Carlos estava diferente, fechado num canto, realizando suas funções sem dar um único sorriso, sem levantar a cabeça, apenas dando respostas curtas e secas. A única resposta que os colegas de trabalho queriam saber era onde estava aquele rapaz alegre, que sempre tinha um lindo sorriso sincero no rosto, palavras de carinho e amparo para quem precisasse . . . onde estava esse rapaz? O que acontecera à ele? Ninguém sabia, ninguém sequer imaginava o que se passava naquela cabeça.
Carlos estava tão chateado com o rumo que as coisas haviam tomado que nem se dera conta de que era o assunto do dia. Semanas inteiras se passaram, um dia após o outro e cada um da mesma forma, tristes, solitários e carrancudos. Se alguém se atrevesse a perguntar o que estava acontecendo levava logo uma resposta bastante agressiva, seus colegas, amigos e companheiros estavam preocupados, aflitos e sem saber o que fazer para ajudar, pois Carlos não se abria com ninguém, há tempos não comparecia ao futebol de todos os domingos, vivia sempre sozinho e nas raras oportunidades em que se reunia com as pessoas ou ficava poucos minutos ou se ficava, era o tempo todo reclamando e esbravejando aos quatro ventos o quanto era difícil a vida, que estava cansado de tudo . . . . . . .
Mais uma semana se passou, e com ela chegou outro final de semana, mais um domingo, mais solidão. Foi então que veio a vontade, ou melhor, a necessidade de estar em algum lugar diferente, de respirar um pouco, fazer uma simples caminhada. Havia um parque perto de sua casa, Carlos então tomou um banho, se vestiu e foi caminhar, passou a tarde inteira no parque sem olhar para nenhuma pessoa, não trocou nem uma palavra com ninguém como sempre. No final da tarde, já cansado, resolveu tomar um refresco e mal sabia que esta atitude iria mudaria radicalmente a sua vida.
Domingo de sol, um parque, um banco, um refresco . . . e Carlos, um rapaz comum que nem percebeu o que estava acontecendo. Ao seu lado sentou-se um garotinho, e sem mais nem menos disse “Boa tarde moço” com um sorriso lindo e puro que só as crianças tem. O garoto começou a contar para o “moço” o que havia feito ou deixado de fazer naquele dia tão bonito, falou tanto e daquela forma que só as crianças conseguem falar que nem se deu conta de que não estavam lhe dando atenção, de repente o menino percebeu que estava sozinho, olhou ao seu redor e avistou o homem se afastando lá ao longe. Levantou-se e correu como nunca havia corrido antes até conseguir alcançar o tal, quando chegou disse:
- Moço . . . ô moço . . . . . .
- O que foi garoto? O que você quer comigo?
- Nada, não foi nada não, eu só queria lhe dizer boa tarde!
- Pronto, já não disse?
- Sim já disse mas . . . credo, porque o senhor é tão bravo? Deve ter acontecido alguma coisa muito ruim para você ter ficado assim tão . . . rude, tão grosso, tão velho rabugento apesar de novo.
- Que isso pequeno jovem, como que você diz essas coisa para alguém que você nem conhece e que é mais velho que você, seus pais não te deram educação não?!
- Claro que deram, e deram outras coisas também, mas com certeza o senhor não está interessado em ouvir afinal deve ser alguém importante e bastante ocupado e . . . . .
- Sim sou, mas nem tanto. Hoje é um belo domingo de sol e estou com bastante tempo . . . vamos voltar para onde estávamos para batermos um papo.
Nesse momento Carlos reparou um pouco mais naquele pequeno garoto que estava a sua frente e pode constatar que se tratava de uma criança nitidamente simples, pelas roupas surradas e sujas, o olhar fundo e penetrante típico daqueles que sofrem, uma criança brasileira e imediatamente mudou de idéia
- Peraí, que tal irmos até uma lanchonete, já passa da hora do jantar e você deve estar com fome !?!
- Olha moço eu não vou mentir para o senhor, estou com fome sim pois não como nada desde ontem de manhã.
- Então vamos à lanchonete do parque .......
Os dois se levantaram e caminharam tranqüilamente ao chegar, o garoto pediu para que eles se sentassem em uma mesa do lado de fora onde era possível ver os pássaros e toda a beleza do parque. Fizeram seus pedidos normalmente e o garoto se sentiu maravilhado com o que lhe estava acontecendo, comeu um lanche enorme e bastante gostoso. Carlos observava a forma com que seu “amiguinho” saciava sua fome, o brilho nos seus olhos e resolveu fazer uma pequena surpresa. Usou uma vontade de ir ao banheiro como desculpa e combinou com o garçom uma bela e gigantesca taça de sorvete com todas as coberturas possíveis e imagináveis.
Quando o “sorvetão” chegou o garoto quase explodiu de alegria, fazia muito, muito tempo que ele não saboreava um bom sorvete . . . devorou em poucos minutos aquele presente. Terminada a refeição os dois recém conhecidos ficaram um bom tempo apenas se olhando e vez em quando perdiam os olhares pelo horizonte observando a exuberância da natureza naquele final de tarde de um Domingo ensolarado.
O tempo foi passando e quando notaram estavam em meio a uma descontraída conversa, não sabiam ao certo como havia começado, mas isso já não tinha nenhuma importância, somente a troca de informações que estava começando a acontecer ali no banco da lanchonete no meio de um parque num domingo qualquer para qualquer um e que seria único e especial para Carlos e Joãozinho (João, esse era o nome daquele garotinho).
De forma tocante, sincera, apressada, confundindo todos os sentimentos ao falar Joãozinho foi narrando a triste história da sua curta existência. Contou como havia perdido o pai numa briga de bar quando tinha quatro anos de idade, de como a vida era difícil na favela em que morava com a mãe que começara a beber e a se drogar após a morte do pai, Disse a Carlos que passava dias na rua fazendo todo tipo de serviço para tentar levar algum tipo de alimento para sua mãe e como raramente conseguia, levava dias para voltar pra casa . . . . até o dia que voltou e não encontrou sua mãe, encontrou uma vizinha que lhe deu a notícia da morte de sua mãe. Ao ouvir a notícia o pequeno menino atravessou a porta e nunca mais voltou e fez das ruas o seu novo lar.
Carlos ouvia tudo atentamente, a história era triste mas havia algo que o intrigava. Aquele garotinho a sua frente narrava sua história trágica de forma calma e serena e ainda dizia que por várias vezes ajudava quem quer que estivesse precisando de ajuda e toda vez que falava nisso abria um franco sorriso. Nesse momento ele revelou que por isso havia iniciado uma aproximação:
- Tio Carlos, eu vi que o senhor caminhava pelo parque com a cara fechada,
uma tristeza no rosto e achei que talvez pudesse fazer algo . . .
- É verdade meu pequeno amigo, ocorreram coisas na minha vida que me tiraram a alegria habitual mergulhando meu ser numa tristeza e egoísta . . . Mas isso não importa, me conte mais sobre você, qual seus sonhos, vontades . . .
Joãozinho começou a falar que gostava muito de desenhar casas, prédios, contou que adorava desenhar cadeiras e armários coloridos e que um grande sonho era aprender a ler, mas confessou que sabia que esse era um sonho distante pois mal conseguia comer quanto mais comprar roupas, cadernos, lápis e todas as coisas que precisaria se alguma escola o aceitasse.
Carlos ficou comovido e perguntou se aquele garoto não queria ir morar com ele. A resposta veio em um abraço emocionado, e lá foram os dois para casa.
O tempo foi passando e aquele homem que havia perdido as esperanças hoje conseguia sorrir, Joãozinho começou a freqüentar uma escola, aprendeu a ler e com o passar dos anos descobriu que tinha vocação para arquitetura profissão que exerceu após longos anos de estudo sempre com a ajuda de Carlos a quem carinhosamente chamava de pai.
Carlos . . . bem, Carlos voltou a ser o mesmo homem demais, ou melhor, nunca mais foi o mesmo. Descobriu que seu erro não era acordar e dar bom dia ao dia, seu erro era dar bom dia com todo entusiasmo apenas para os dia, descobriu que havia pessoas ao seu redor a todo momento, amigos, colegas, conhecidos e desconhecidos e que alguns deles tinham problemas bem maiores que o dele . . . passou a dar bom dia para todos que via na rua, parava pra conversar com alguém se percebia um rosto triste ou amargurado . . .
Naquele domingo de sol Carlos descobriu a vida na figura daquele garotinho de olhar intenso, teve um encontro, descobriu como ser . . . humano, teve o encontro com o Amor.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

A Caneta

Século 21, talvez nunca tenha existido nada tão esperado. Todos comentando e esperando sua chegada. Desde de o começo sabemos que a “função do homem é evoluir” e é isso que o homem tem feito, evoluindo, criando e recriando tudo aquilo que a mente humana é capaz de gerar, pensar e imaginar. O fogo, a palavra, a escrita, a roda, a música, o livro, a escola, o carro, a indústria, o avião, todos objetos maravilhosos desenvolvidos pela mente do ser humano para facilitar a vida e manter continuo o exercício do raciocínio, a inesgotável busca pela superação, não aceitar os limites, querer sempre deixá-los para trás.
Quando alguém imagina que tudo foi descoberto, que não há nada mais que possa surpreender, eis que surge mais uma novidade. Século 21, a humanidade se rende ao fascinante mundo do computador. Uma máquina bastante complexa que aos poucos foi se tornando mais e mais comum, com o surgimento de cursos e inúmeras facilidades de aquisição, ao ponto de ser considerado um mero utensílio, apenas mais um eletrodoméstico. Centenas de clicks, atualizações constantes, todo mundo “plugado” na tela sem nem ao menos piscar. O que dizem ser uma grandiosa invenção do ser humano facilita a vida, ir ao banco, ao supermercado, comprar um disco, escolher uma calça nova, basta um pequeno click e . . . feito, transações bancárias, compras de qualquer natureza, enviar flores, cartões de amor e muito mais, praticamente tudo pode ser adquirido, enviado e resolvido com um singelo click no “mouse”.
Essa máquina já era considerada incrível, mas agora com o surgimento da INTRNET, a rede mundial de computadores, esta invenção humana é capaz de diminuir o tempo gasto com coisas comuns como preparar e enviar uma carta, uma mensagem para alguém que se ama . . . escrever, o simples ato de escrever é hoje algo que o computador facilitou ainda mais pois existem recursos que só essa máquina tem, como por exemplo o botão “Delete”, se errar basta “deletar”, outro recurso bastante considerável é o fabuloso número de tipos de letra disponível, não existe mais a preocupação com a caligrafia, mas . . .
Com a era da informática muito da magia se foi, todo o “ritual” de preparação de uma carta de amor por exemplo já não existe mais, hoje não se perde mais tempo indo a papelaria para escolher um tipo de papel, papel de carta então é bem provável que não exista mais, e o serviço postal então nem se fala, talvez a geração “Internet PC Windows Explorer” nem faça idéia de onde fica uma agência dos correios nem tão pouco saiba como uma delas funciona, já não se perde tempo indo ao correio, aliás correio para quê se existe o “e-mail”?!
A magia se foi, a beleza de expor as idéias sentado de forma confortável com apenas uma folha de papel em branco e uma caneta se foi. Aliás a tal caneta, será que ainda tem muita utilidade além de assinar cheques, contratos? . . . já faz tempo que se perdeu o costume de pegar uma caneta e deixar um bilhete para alguém.
Pensando bem, ainda bem que o computador chegou pois ter que pegar numa caneta é algo muito estranho. Um pequeno objeto cilíndrico com um tubo cheio de tinta em seu interior com uma pequena variedade de cores e formatos, não tem nem comparação com a facilidade de uma carta feita pelo computador, nem tão pouco a beleza das possibilidades de gráficos e desenhos e tipos de letra. É . . . uma caneta não serve para nada mesmo, apenas para pequenas coisas sem importância, e algumas delas apenas representam símbolos, como “status”, é o caso de uma caneta bico de pena da “Mont Blanc” com design italiano, ponta de ouro 18 quilates corpo em ouro branco e detalhes feitos com brilhantes talhados a mão, etc. . . . etc. . . . etc.
Mas ainda assim não se pode negar que uma mensagem computadorizada, por mais colorida e bonita que pareça, por mais recursos gráficos que tenha, ainda assim é fria e sem sentimento, não pode ser comparada com uma carta escrita a mão! A magia de imaginar pela letra o estado em que a pessoa que escreveu se encontrava, a possibilidade de sentir o cheiro da pessoa pelo contato da pele com o papel, a textura que a tinta da caneta deixou ali impressa para todo o sempre, o contraste de uma carta longa escrita com uma caneta que estava por terminar cheia de pequenas falhas, e o brilho que se segue ao se continuar com uma caneta nova. Escrever a mão com uma caneta em punho ainda é um ato que sobrevive à modernização.
A caneta possibilita a demonstração de sentimentos, mostra à quem lê a personalidade de quem escreve, a letra trêmula, redonda, grande, pequena, quadrada, caprichada, relaxada, feia, bonita. A mão que ao pegar em uma caneta desenha uma letra que se junta com tantas outras formando palavras que se revelam frases num complicado turbilhão de mensagens que não importa o que aconteça terá sempre seu espaço pois o sentimento irá sempre existir justamente com a emoção de receber uma carta entregue pelo carteiro que passa todo dia no mesmo horário sem falta. O mundo pode seguir se modernizando que ainda assim a caneta vai resistir e sempre existir.
Não tem jeito, este pequeno e realmente muito antigo objeto terá sempre seu espaço garantido ao longo do tempo. Um recado escrito as presas no meio da rua só pode ser deixado se houver uma caneta, conferir os itens que já se encontram no carrinho do supermercado só é possível com o uso de uma caneta, para quase tudo que se desejar a caneta será o objeto que a mente irá idealizar no perfeito cumprimento da função desejada, para deixar uma pequena marca pessoal como uma simples assinatura . . . . deve-se utilizar uma caneta.
Preta, azul, vermelha. Encontram-se disponíveis outras cores mas ainda assim utiliza-se com maior freqüência essas três, as mais simples e comum, numa prova de que por mais longe que a humanidade chegue, por mais modernizado que o mundo fique, as coisas importantes da vida serão sempre as mais comuns e as mais simples, como escrever uma carta em uma folha de papel branca com uma caneta preta. Simples, comum, porém marcante e muito significativo. Um ato que muitas pessoas deixaram de lado por motivos que nem elas mesmo são capazes de identificar.
Deixar a caneta esquecida no fundo de uma gaveta é um erro tão grande quanto esquecer de telefonar para um grande amigo, é a menor evidência de que os seres humanos estão cada vez mais distantes uns dos outros, vivendo relações cada vez mais superficiais onde não tem cabimento pegar um papel, uma caneta e escrever uma carta. O que está acontecendo com o mundo dito moderno, o que aconteceu com os valores realmente importantes. Porque os sentimentos se tornaram tão mesquinhos ao ponto de valorizar uma pessoa pelo tipo de caneta que ela pode ou não adquirir.
Uma caneta, algo simples mas com uma importância significativa na vida do ser humano, mesmo após tantos anos de existência é um dos objetos mais utilizados pela mão humana se não for o mais usado. Ainda conserva seu espaço de forma grandiosa, como no início dos tempos, lá nos primórdios, quando o homem descobriu que poderia ir além dos limites existentes entre o céu e a terra, naquele tempo os grandes gênios faziam uso de uma pena e um tubo de nanquim para transpor ao papel suas brilhantes idéias no campo da astrologia como fez Galileu Galilei, no campo da física como Albert Einstein, e não só de cálculos se fez a história da caneta, Santos Dumont gastou vários tubos de tinta entre cálculos e desenhos do protótipo do que seria a primeira aeronave do mundo, o 14 BIS.
A caneta se fez presente em grandes momentos da história mundial . . . assinatura da Lei Áurea, a Proclamação da República, a Independência, a carta renúncia de Jânio Quadros, a carta deixada por Getúlio Vargas na qual ficou registrada a celebre frase “Saio da vida para entrar para História”. A caneta deslizou pelo papel e imprimiu letras que formaram palavras que foram organizadas em forma de estrofes que continham lindos versos pelas mãos hábeis dos grandes poetas, Carlos Drummond de Andrade, Vinícius de Morais, Mário de Andrade, Mário Quintana e Mário Lago. E quando se menciona as grandes obras literárias de que se tem notícia escritas por Machado de Assis, Jorge Amado, Lima Barreto, Clarice Lispector, Jô Soares, Aghatha Christie, dentre tantos outros nomes de ilustres mentes que elevaram seus nomes muito antes do surgimento de máquinas de escrever ou mesmo computador. Graças aos céus existia a caneta que possibilitou o surgimento de verdadeiros tesouros.
Sem sombra de dúvida, não há como negar que haja o que houver, surgindo o que tiver que surgir, sempre existirá alguém com uma caneta em punho desenhando, entalhando no papel palavras descrevendo, contando, narrando, revelando, retratando todas as belezas e por que não as tristezas que os olhos vêem o coração sente e a mente em conjunto com as emoções interpretam, assim como as angústias, os anseios, os desejos, os pedidos, as vontades enfim todos os sentimentos bons e os ruins também , momentos alegres ou tristes, para todos os momentos da vida do ser humano e se não para todos, para algum deles a caneta estará lá registrando o fato.
Computador, internet, Palm top, notebook, pager, celulares com “waap”, cartão de crédito lojas virtuais, não importa o quanto a tecnologia se desenvolva, não importa quantos novos recursos isso possa vir a trazer, tudo isso não importa pois o que é belo sempre terá seu espaço, e na maioria dos casos o belo é simples, simples como uma caneta BIC.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Destino


Sabe aqueles dias em que tudo parece estar fora de lugar e a gente fica se perguntando o que está acontecendo?! Aqueles dias em que nada faz sentido e ficamos procurando sentido para as coisas a nossa volta?! Pois é, ontem foi um daqueles dias estranhos, principalmente a noite.
Me bateu uma saudade diferente que até agora não consegui entender. Quando me dei por mim já estava viajando, pensando na vida, no mundo, nas pessoas nas relações.
Pensei, pensei, repensei, fiquei triste. Existe uma música que não me sai da cabeça e diz mais ou menos o seguinte: “Pra ser sincero não espero de você mais do que educação, beijo sem paixão, crime sem castigo, aperto de mão, apenas bons amigos . . . Nós dois temos os mesmos defeitos, sabemos tudo a nosso respeito, somos suspeitos de um crime perfeito, mas crimes perfeitos não deixam suspeitos . . . .”
Nem gaste tempo tentando saber o motivo, eu mesmo já desisti de tentar descobrir. Só sei que minha mente está trabalhando a toda e é assim que estou me sentindo, suspeito de um crime perfeito.
Me sinto como um pássaro preso à uma gaiola, há tanto ainda pra fazer, tanto lugar pra conhecer, tantas pessoas que eu acho que valeria a pena me envolver, tanta coisa e eu preso, amarrado a uma vida fútil, onde estuda se para ser alguém, como se uma pessoa sem estudo não fosse ninguém.
Antes me diziam pra estudar porque sem estudo não se chega lá! Agora me dizem pra trabalhar, pra ter ambição senão, não se chega à lugar algum. Mas ninguém jamais me perguntou aonde eu queria ir! Ninguém me perguntou aonde eu quero chegar! E agora eu faço as perguntas e não obtenho resposta alguma!!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Reflexão

De repente me deu vontade de escrever
Na verdade não sei bem sobre o que dizer
São tantas as coisas que tenho em mente
São tantos os acontecimentos ultimamente
Sei que não falarei de amor . . . não, não
Hoje outras coisas dominam o coração
Desemprego, drogas, fome, corrupção
Guerras, miséria, devastação
As pessoas estão solitárias
Cada vez mais desconfiadas
Alguns sentimentos bons ainda vivem
Apesar de poucos realmente sentirem
Estamos vivendo em tempos incertos
Já dizia o ditado: “O mundo é dos espertos”
Confesso que nunca ouvi tamanha bobagem
O que os espertos fazem com o mundo?
Roubam, seqüestram, matam
Traficam, estupram, maltratam
Queimam, devastam, arruinam
Exploram, depredam, deitam e rolam
Se isto é ser esperto. . . .
Prefiro continuar tolo
Bem como já dizia o grande gênio
“Prefiro ser otimista e estar errado
Do que ser pessimista e ter razão.”

Universo de Prazer


"Pode ser que isso dure, ou quem sabe nem tanto Pode ser que o desejo nos liberte do encanto, e alimente o nosso amor. Pode até ser pra sempre... Que nos faça viver uma nova aventura... é só deixar acontecer e isso vai trazer felicidade e alegrar nosso viver! Um Universo de prazer estou doidinho pra te dar, pois você é meu bem querer e eu nasci pra te amar! Vem me beijar meu bem, quero teu calor nenêm, sou teu de mais ninguém meu amor, meu amor!"

quinta-feira, 26 de março de 2009

Visão da vida

Há quem diga que a vida é nada
Há quem diga que a vida é
Há quem diga que a vida é tudo
Mas afinal o que é a vida?

A vida é amor, é dor
A vida é ilusão, é paixão
A vida é sofrer, é desilusão
Sentimentos que ajudam
Sentimentos que arrasam

A vida é sucesso, é obstáculos
A vida é dificuldade, é calor
A vida é fracasso, é ansiedade
Hoje se pode ganhar
Mas amanhã se pode perder

A vida é infância, é beijo
A vida é carinho, é juventude
A vida é abraço, é sozinho
Cada momento é único e diferente
Cada dia é surpreendente

A vida é felicidade, é desejo
A vida é realização, é amargura
A vida é tristeza, é decepção
Sempre há vontade de alcançar
Sempre há o medo de chegar

A vida é conquista, é sonho
A vida é beleza, é desprezo
A vida é magia, é incerteza
O ato de viver cada dia
Com sofreguidão e desejo

A busca pela felicidade
É obrigação do homem de verdade
Porque a vida não é nada . . .
A vida é simplesmente tudo.

terça-feira, 24 de março de 2009

Estação

Céu azul, sem nuvens
As folhas caindo pelo chão
O sol tímido, aquece calmamente
A brisa foraz, sopra cortando a gente
É . . . chegou o outono
Pense em qualquer coisa e faça
É outono . . .
Chocolate quente
Beijo na boca
Um afago mais assanhado
Passeio no parque
Abraço acolhedor
Amor . . . .
É outono
Paisagens lindas
Que inspiram as palavras
Levando aos momentos
Que povoam a mente
E alegram o coração.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Amanhecer da Saudade

Hoje eu acordei com saudade
Saudade da bola de meia
Saudade de rodar peão
Saudade de empinar pipa
Saudade de jogar bafo
Saudade de pega-pega
Saudade de esconde-esconde
Saudade das cantigas de roda
Saudade dos contos de fada
Saudade de Papai Noel
Saudade de carrinho de rolimã
Saudade de ter hora pra dormir
Saudade de ter medo do escuro
Saudade da primeira escola
Saudade da primeira namoradinha
Saudade das brincadeirinhas
Saudade de poder sonhar
Saudade . . . da infância

Hoje eu acordei com saudade
Saudade dos tempos de escola
Saudade de jogar bola na rua
Saudade de brincar com os pais
Saudade das conversas irreverentes
Saudade das primeiras descobertas
Saudade de querer ser gente grande
Saudade do primeiro beijo
Saudade do tempo em que tudo era possível
Saudade do tempo em que sonho era real
Saudade de questionar tudo
Saudade de achar que sabe tudo
Saudade de achar que pode tudo
Saudade dos amigos de colégio
Saudade da primeira paixão
Saudade de poder sonhar
Saudade . . . da adolescência

Hoje eu acordei com saudade
Saudade da faculdade
Saudade da sensação de liberdade
Saudade de decidir a própria vida
Saudade de descobrir a vida
Saudade do choppinho
Saudade dos papos cabeça
Saudade da primeira desilusão
Saudade das discussões filosóficas
Saudade de sentir o vento
Saudade de sentir o aroma das flores
Saudade de ouvir o canto dos pássaros
Saudade de sentir o cheiro do orvalho
Saudade do primeiro amor
Saudade de poder sonhar
Saudade . . . da juventude

Hoje eu acordei com saudade
Saudade do primeiro emprego
Saudade do primeiro carro
Saudade do futebol de domingo
Saudade do churrasquinho com os amigos
Saudade da cervejinha
Saudade do happy hour
Saudade de estar sozinho
Saudade de estar com amigos
Saudade . . .

Hoje eu acordei com saudade
Não uma saudade triste . . . melancólica
Hoje eu acordei com saudade
Saudade dos bons tempos que não voltam mais
Hoje eu acordei com saudade
Saudade de mim
Hoje eu acordei com saudade
Saudade de ser feliz
Hoje . . . eu acordei com saudade
Saudade da VIDA!

Ser Poeta

Eu não tenho medo de gritar para o mundo que corro atrás do meu sonho, sem planos, nem projetos, nem objetivos, porque acredito que somos do tamanho do nosso sonho.
Eu não tenho medo de gritar para o mundo que sou poeta e com muito orgulho, afinal o poeta é a ilusão da alma, a impressão do espírito, que passa para o papel aquilo que nunca foi, aquilo que é, aquilo que nunca será, as coisas que são, as coisas que virão e as coisas que nunca foram.
Ser poeta não é uma ambição, muito menos um desejo, ser poeta é apenas minha maneira de estar sozinho.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Aprendizado

Sinto-me cansado
O tempo não para
A Terra não descansa

Ontem éramos crianças
E ouvíamos certas coisas
Hoje somos homens
E continuam nos dizendo
Amanhã seremos . . .

Todo dia é um novo dia
Hoje é um dia igual . . .
A todos os outros

Gente nasce
Gente cresce
Gente estuda
Gente trabalha
Gente briga
Gente casa
Gente se separa
Gente morre
Gente VIVE

A todo o momento vemos o mundo
A todo o momento um mundo diferente
Isso confunde, ilude, frusta

Surge a dúvida . . .
Quem somos?
O que fazemos?
Por que temos que viver?
E o que devemos fazer?

Muitas vezes a vida passa
E não descobrimos a verdade
Que quando criança era realidade
Mas com o tempo tudo se perdeu
Hoje me pergunto porque?
Talvez seja pelo que me disseram
Me pergunto . . . porque?

Porque me disseram sobre números, contas
Porque me disseram sobre montanhas, rochas
Porque me disseram sobre rios, planícies
Porque me disseram sobre líderes, guerra
Porque não me disseram sobre amizade

Ouvi falarem de presidentes, ciência
Ouvi falarem de bichos e plantas
Ouvi falarem de sexo, AIDS
Ouvi falarem de viagens, estudo
Não ouvi falarem de carinho

Porque me disseram sobre dinheiro, sucesso
Porque me disseram sobre casa, carros
Porque me disseram sobre a lua, o mar
Porque me falaram sobre maldades, escravidão
Porque não me falaram sobre amor

Porque?

Me disseram várias coisas
Me disseram de heróis e revoluções
Me disseram de independência, de cores
Me alertaram sobre as pessoas
Me prepararam para o mundo

Mas esqueceram de dizer dos sonhos . . .
Esqueceram de me dizer sobre a VIDA!

quarta-feira, 18 de março de 2009

Viva a vida

Cada dia é um dia a menos
Na luta pela sobrevivência
Para a necessidade de mudança
No desenvolvimento do ser
Cada dia é um dia a menos
Por mais monótono que seja
Por mais normal que pareça
Cada dia é um dia diferente
Cada dia é um dia a menos
O tempo vai passando
Sonhos se realizando
Profecias se concretizando
Cada dia é um dia a menos
Na busca pela felicidade
Para preencher o coração
Uma grande confusão
Cada dia é um dia a menos
Olhos se cruzam
Sorrisos se intercalam
Dúvidas, medo, ansiedade
Cada dia é um dia a menos
Definitivamente . . . chegou o momento
Renovam-se as esperanças
Preparam-se as mudanças
Cada dia é um dia a menos
Acontecimentos coincidentes
Revelações incoerentes
Maravilhas nunca antes vistas
Cada dia é um dia a menos
Gente fria se aquece
Gente triste se alegra
Gente que odeia . . . ama
Cada dia é um dia a menos
Paz . . . Amor . . . . harmonia
Necessidade para o dia a dia
Pois . . . . . .
Cada dia é um dia a menos

Futuro

O sentido da vida na verdade é um mistério.... estamos aqui por uma razão, mas demoramos muito pra descobrir essa razão.
Sinto que viver é um eterno correr atrás de realizações e normalmente nem sabemos quais saõ pra iniciar essa corrida....
A população é grande, são bilhões de pessoas e a maioria fica presa a um seleto grupo de 100 no máximo sem nem ao menos saber o por que estão ligadas....
Vejo, observo as pessoas perdidas e perdendo tempo com problemas pequenos que não se dão conta das maravilhas que poderiam conseguir se realmente se relacionassem uns com os outros... são tantos impecilhos e convenções sociais que impedem a humanidade de verdadeiramente viver.....
Nos ensinam que temos que viver a vida hoje nos preparando para o futuro..... que futuro? Essa é a questão... que futuro é esse?