Sinto-me cansado
O tempo não para
A Terra não descansa
Ontem éramos crianças
E ouvíamos certas coisas
Hoje somos homens
E continuam nos dizendo
Amanhã seremos . . .
Todo dia é um novo dia
Hoje é um dia igual . . .
A todos os outros
Gente nasce
Gente cresce
Gente estuda
Gente trabalha
Gente briga
Gente casa
Gente se separa
Gente morre
Gente VIVE
A todo o momento vemos o mundo
A todo o momento um mundo diferente
Isso confunde, ilude, frusta
Surge a dúvida . . .
Quem somos?
O que fazemos?
Por que temos que viver?
E o que devemos fazer?
Muitas vezes a vida passa
E não descobrimos a verdade
Que quando criança era realidade
Mas com o tempo tudo se perdeu
Hoje me pergunto porque?
Talvez seja pelo que me disseram
Me pergunto . . . porque?
Porque me disseram sobre números, contas
Porque me disseram sobre montanhas, rochas
Porque me disseram sobre rios, planícies
Porque me disseram sobre líderes, guerra
Porque não me disseram sobre amizade
Ouvi falarem de presidentes, ciência
Ouvi falarem de bichos e plantas
Ouvi falarem de sexo, AIDS
Ouvi falarem de viagens, estudo
Não ouvi falarem de carinho
Porque me disseram sobre dinheiro, sucesso
Porque me disseram sobre casa, carros
Porque me disseram sobre a lua, o mar
Porque me falaram sobre maldades, escravidão
Porque não me falaram sobre amor
Porque?
Me disseram várias coisas
Me disseram de heróis e revoluções
Me disseram de independência, de cores
Me alertaram sobre as pessoas
Me prepararam para o mundo
Mas esqueceram de dizer dos sonhos . . .
Esqueceram de me dizer sobre a VIDA!
Espaço inspirado no profeta gentileza, este é o Livro Urbano, o 1º passo para a concretização de um sonho, pois cansei de ficar sentado de braços cruzados assistindo ao distanciamento das pessoas, ao aumento da frieza e da indiferença. Livro Urbano tem a pretensão de ser uma semente, lançada com a esperança de resgatar a beleza e a poesia da vida hoje perdidas e esquecidas, resgatar os olhos inocentes que enxergam a simplicidade de um simples momento.
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