sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O Começo


            O ano era Mil novecentos e oitenta e sete
            A professora ainda era Tia, carinhosamente
            Chega para a aula e pede uma redação
            Naquele momento senti algo em meu coração
            Não estava acostumado a escrever
            Não tinha idéia sobre o que escrever
            Tema livre . . . ela avisa
            Pavor . . . a mente vazia
            De repente comecei a rabiscar
            Um texto começou a se formar
            O título?
            Balão Musical . . . . . .
            No dia da correção . . . a bronca era esperada
            Mas recebi apenas elogios . . . estranhados
            Foi neste dia que tudo começou
            A veia artística despertou
            Estilo . . . eu não tenho
            Escola literária . . . também não tenho
            Rimas nem sempre bem feitas
            Mas descobri que tinha um dom
            Não escrevo por dinheiro
            Não escrevo tentando mudar o mundo
            Escrevo porque gosto
            Escrevo apenas o que sinto
            Escrevo . . . pois estou vivo
            Tenho em meu peito um coração
            Inundado de sentimento
            Transbordando de emoção
            Tudo se transforma em inspiração
            Escrevo o que os olhos da alma vêem
            Escrevo aquilo que o coração traduz
            Escrevo sobre a vida
            Escrevo sobre o amor
            Escrevo sobre o amor
            Escrevo sobre a dor
            Escrevo sobre amigos
            As vezes . . . para a vida
            As vezes . . . para o amor
            Raramente para a dor
            Sei o que é Amor
            Abandonei de vez o rancor
            Sinto meu peito pequenino
            Sinto quase que um menino
            Tamanho é o sentimento
            Que já transborda com carinho
            Já faz algum tempo que comecei
            O fim . . . eu jamais saberei
            Mesmo que não exista mais papel
            Mesmo que acabe a tinta, o grafite
            Existindo beleza ao mundo . . .
            Correndo sangue em minhas veias
            Um coração sempre batendo
            Esse sentimento abundante
            Estarei firme . . . transmitindo
            Sempre uma mensagem de conforto
            Através da linguagem da alma
            Através da magia do Amor. 

Verdade

            Não seja o centro da vida
            Ao se encontrar triste e sozinho

            Pare . . .
            Deixe o tempo decidir o que te provem

            Se desejar . . . chore
            Não sinta dó de si mesmo

            A maior realização de um homem é cair . . .
            E poder levantar

            Lembre que ao você ensinar alguém a voar
            Esta te ensinará a jamais voltar ao chão

            Não se desespere perante seus problemas
            Pois são eles que te farão homem

            Ninguém poderá te salvar . . .
            Mas um amigo pode te amparar

            Se procurar e não encontrar
            Nos momentos de maior dor . . .

            Lembre que nestes momentos, alguém
            Te carrega no colo

            Não se esqueça jamais que muitos te amam
            E que você é de suma importância para o mundo

            Não sinta vergonha de buscar ajuda
            Sinta vergonha sim . . .
            De não ir procurar o que te pertence!