quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Frustração

Estou triste, muito triste

Num suspirar desprendo minha alma

Sinto-me como se alguém partisse

Vivo muito só na multidão

E o anoitecer traz em seu manto muita solidão

Sinto que tenho muito amor pra dar

Mas talvez por incompreensão

Sou levado sem razão a guardar a insatisfação

E ver a dissolução de um grande amor

Nunca me senti amado

Na verdade mais um pobre coitado

Que só a beleza era visada

Que mesmo sem exibir nada

Nem um singelo amor pôde Ter

Sinto-me só

Não sei se amor eu busquei

Sei que nunca fui amado

E se fui, foi pela pessoa errada

A quem nunca me dediquei

E pensar que me entreguei

A alguém que não me enxergava

Se eu tivesse escrito na testa

Todo o amor que transpirei

Meus olhos em lágrimas revelam

A amargura que transborda

Até minha sensibilidade chora

A dor da solidão que em vão

Aperta minha garganta, tal qual uma corda

Os dias vão como um passo lento

As ilusões se desvanecem

Cai o manto negro que entristece

Há se inverter os papéis eu pudesse

Não saberias se conter

Com tanto amor a receber.

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